Precisamos reconhecer o terrível estado do planeta, bem como a cumplicidade humana em sua destruição. Existem questões ambientais urgentes: a poluição dos oceanos, a extinção de grandes vertebrados, a poluição das cidades. O que não podemos é presumir que a “mudança climática” seja apenas causada pelo homem; se assumirmos que sim, então, se o clima continuar a mudar – o que acontecerá, pois sempre muda – iremos simplesmente adicionar uma nova carga de culpa, vergonha e derrota totalmente destruidoras em nossa mente inconsciente coletiva, já complexamente estressada.
Como toda religião, o ambientalismo tem um pecado original (a emissão de carbono), exige autossacrifícios dos fiéis e convence os leigos aterrorizando-os com visões do Apocalipse. Crentes do aquecimento do planeta afirmam que em poucas décadas o gelo dos polos desaparecerá, os mares invadirão a terra e mil pragas e desastres naturais serão lançados sobre os pecadores.
É difícil discutir o que acontecerá no futuro – teríamos que esperá-lo chegar para saber quem estava certo. Mas para alguns modelos climáticos o futuro já chegou – sem o Apocalipse que os ambientalistas prometeram.
“Verões do Ártico não terão gelo em 2013”, disse a BBC de dezembro de 2007. A reportagem se baseava num modelo climático criado pela União Geofísica Americana com apoio da Nasa. Bem, em 2021 a calota polar mínima ainda está lá, com idas e vindas em seu tamanho, dificultando qualquer afirmação contundente sobre seu encolhimento ou crescimento.
“Neve que cobre o Kilimanjaro deve acabar totalmente até 2015”, cravou uma pesquisa da Universidade de Ohio em 2002, divulgada por muitos jornais e revistas. O americano Al Gore repetiu esse alarme no documentário “Uma verdade inconveniente”, de 2006. Bem, estamos em 2021 e o ponto mais alto da África continua cheio de neve e cercado por glaciais.
“Ilhas da Polinésia desaparecerão até 2015”, Moradores das Ilhas Carteret, no Papua Nova Guiné, chegaram a realocar sua comunidade com medo que a previsão dos ambientalistas se confirmasse. Os arquipélagos de Tuvalu e Kiribati também estariam ameaçados. Mas ainda estão lá. Um estudo da Universidade de Auckland analisou o território de mais de 600 ilhas de corais da Polinésia e concluiu que 80% delas mantiveram a área original ou aumentaram de tamanho; 20% mostraram alguma redução.
“Bilhões de pessoas morrerão com o calor; a vida só será possível nos polos”, disse o influente ambientalista James Lovelock, autor de A Vingança de Gaia. Essa visão assustadora ainda tem prazo de validade: Lovelock disse que a Terra se transformaria num inferno até o fim deste século. Mas o próprio ambientalista, numa entrevista de 2012, voltou atrás em seus vaticínios. Disse que seus livros tinham uma boa dose de alarmismo e que seu pessimismo não se confirmou.
Em vez de tentar “vencer” a mudança climática, precisamos nos unir ao planeta Terra, enquanto aprendemos a criar comunidades resilientes que podem suportar choques sistêmicos.
Na foto a seguir está Greta Thunberg, “ativista ambiental” de 18 anos, com seus pais, usando uma camiseta Antifa.
Este movimento de culto não é aquele impulsionado pela agenda progressista que teria nos tributado o “carbono” enquanto nos forçam a frequentar as cidades, espremidos em minúsculas cápsulas, para comer alimentos geneticamente modificados, produzidos pela chamada Revolução Verde e receber ordens de um governo centralizado, hierárquico e de cima para baixo da Nova Ordem Mundial?
Al Gore aparece como o principal profeta do apocalipse no debate sobre o aquecimento global, e o documentário Uma Verdade Inconveniente é o evangelho dos que crêem nele. Mas Al Gore os enganou.
Há dois anos, o Juiz Michael Burton, da Alta Corte de Justiça Britânica, caracterizou o filme de Al Gore como “alarmista e exagerado no apoio à sua tese política”. O tribunal, respondendo a uma ação movida por um pai, disse que o filme é “unilateral” e não poderia ser exibido nas escolas britânicas, a menos que contivesse orientações para equilibrar a tentativa de Gore em promover a sua “doutrinação política”. O Juiz baseou a sua decisão em nove inverdades que aparecem no filme. Mas o público em geral parece que desconhece essa história.
Enquanto isso, uma vez que as projeções atuais – geralmente cerca de dez anos depois – deixem de se materializar, é nosso dever perceber que, mais uma vez, os profetas da desgraça estarão errados novamente. Algum deles já se desculpou quando errou?